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O brilho, herança dos anos 80

novembro 30, 2009

O brilho intenso na moda começou nas inspirações futuristas do estilista basco Paco Rabanne que chocou a alta costura parisiense da década de 60 utilizando metal ao invés de tecido, e alicate no lugar da agulha.  Nos anos 80, veio o luxo do brilho de tecidos como o lurex e o vinil. Com o passar tempo passaram a serem usados tecidos acetinados, metalizados, brilhantes ou com aplicações de paetês, strass, miçangas e cristais Swarowski.

O encurtamento dos vestidos

 Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. A moda atendia a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Todas as roupas de marcas conhecidas estampavam sua logo no maior tamanho possível, com preços proporcionais.

 Pode-se dizer que a década de 80 começou realmente em 1977, com o sucesso da música “disco” inspirados no filme “Embalos de sábado à noite”. Voltam à tona, o glamour da noite e o charme do excesso e do brilho, deixando para trás o estilo hippie dos anos 70. A juventude trouxe de volta o que já era considerado “velho”: roupas sob medida e vestidos de baile. Os anos 80 seguem o charme e a sofisticação dos anos 60, porém com um certo exagero.

 Os vestidos passaram a valorizar mais o corpo feminino, com cintura marcada, fendas, tomara que caia ou saias balonês. Tudo acompanhado de acessórios Dourados. Na maquiagem, as mulheres abusaram do colorido da época com sombras fortes, olhos bem pintados e batons de cores vivas, como o vermelho, pink e marrom escuro.

 O Rei e a Rainha do Pop influenciaram fortemente a moda dos anos 80. Michael Jackson, com suas jaquetas coloridas, extravagantes e em material sintético, com uma infinidade de zíperes, e roupas que lembravam fardas militares, sempre com muito brilho e pompa. Madonna, com muita renda, faixas de tule na cabeça, pérolas, crucifixos, ombreiras, minissaia sobre legging, meia arrastão, maquiagem pesada com olhos bem pintados e batons em cores vivas, cabelos cuidadosamente despenteados, armados, cacheados e na altura dos ombros, num visual rebelde/chique e, é claro, jaquetas jeans, sempre adornadas.

Por Cristiane Serra

Vestidos de gala

novembro 30, 2009

Os vestidos de gala são roupas únicas, que identificam a postura e hierarquia da mulher no meio de uma sociedade, que a partir dos anos mostrou-se muito eficiente para definir padrões. Em consequência disto, houve grandes evoluções no tipo de costura, tecido e design nos padrões de gala feminino.

O decote tomara que caia é extremamente feminino, sensual e atraente. Na história da moda, os vestidos tomara-que-caia são verdadeiros ícones. Os modelos com barbatanas realçavam o busto com cinta para diminuir a cintura (caracterizando a cintura de “vespa”). Eles sinalizavam uma sensualidade característica das várias mulheres da época que idealizavam um casamento perfeito junto ao “príncipe do cavalo branco”.

Embora seja uma variação dos corseletes do século 15, o tomara-que-caia como conhecemos hoje surgiu em 1946, quando o figurinista Jean Louis criou um modelo de cetim para a atriz Rita Hayworth usar no filme Gilda. Nos anos 1950, o estilista Balenciaga fez esse decote com corpo justo e saia rodada, que é copiado até hoje. “Por causa das barbatanas e da estrutura rígida, o tomara-que-caia afina a cintura e mantém a postura reta”, explica Fran Scheck, modelista a Escola Sigbol Fashion, de São Paulo. Atualmente, ele é o modelo preferido das noivas e das atrizes de cinema em noites de gala.

Diz a lenda que o primeiro tomara-que-caia que causou foi o da atriz Rita Hayworth (foto) no filme Gilda, em 1946. Ela canta Put the Blame on Mame usando um modelo de cetim e luvas compridas.

Por Cristiane Serra

O Poder do Pretinho Básico

novembro 14, 2009

Há quem o considere o melhor amigo da mulher. Um vestido preto é sinônimo de elegância, sofisticação, poder e sensualidade. Um verdadeiro curinga no guarda-roupa feminino, pois combina com praticamente tudo e com qualquer ocasião. Oitenta e três anos depois de seu surgimento, este clássico da moda mundial ainda surpreende por sua versatilidade.

O primeiro pretinho básico foi criado por Gabriele Chanel, em 1926, e deve seu croqui publicado pela Vogue. O editor da revista ousou escrever uma espécie de profecia: “Vai se tornar o uniforme de toda mulher de bom gosto”. Começava, então, a revolução no mundo da moda.

Até os anos 20, a cor preta era restritamente usada por senhoras no período luto. Foi na década seguinte, que o look passou a ser usado com mais frequência. O início dos anos 30, foi marcado com a grande depressão mundial, gerada pelo crash da bolsa de valores de Nova Iorque, já o seu final com a 2ª Grande Guerra. Foi neste contexto, que as mulheres começaram a sair de casa para trabalhar. As roupas para o dia tornaram-se mais sérias, e o vestido preto se tornou um poderoso aliado para a nova mulher que surgia.

Em 1947, o pretinho básico se transformou com Christian Dior. O estilista francês inovou a ideia de Chanel, criando um vestido preto com golas e luvas brancas, usado com um colar de pérolas, sapatos coloridos e uma estola de pele. O estilo se tornou o uniforme dos anos 50. Acabou assim, junto com a guerra, o modo simples e econômico de se vestir.

Entretanto, foi nos anos 60 e início dos 70, que o pretinho entrou de vez para a história da moda. Chique, usado por Jacqueline Kennedy, elegante e feminino no corpo de Audrey Hepburn, no filme Bonequinha de Luxo, de 1961. O modelo criado pelo estilista francês Hubert Givenchy para o filme, foi eternizado e até hoje é copiado.

Na década 80, ele foi considerado o salva-vidas fashion, após a moda psicodélica dos anos 70. Simples e elegante, a peça seria, mais uma vez, a roupa ideal para as mulheres que buscavam um espaço no mercado de trabalho – sem abrir mão da feminilidade.

A partir dos 90 anos, o desenvolvimento de novos tecidos deixou o vestido preto ainda mais versátil. Do modelo mais simples ao mais sofisticado, é prefeito para ser usado em todas as ocasiões e em todos os horários. Por tudo isso, o pretinho básico é o grande clássico da moda mundial.

Por Cristiane Serra